O miúdo dos headphones verdes

Sentou-se à minha frente. Tinha estes headphones gigantes na cabeça, e batia os dedos ao ritmo da música. Da mochila retirou um compêndio de volumoso cheio de marcadores de cores e apontamentos. Eu sorri. Ele olhou-me e sorriu de volta. Depois reparou nos meus minúsculos fones e abriu um sorriso enorme. A separar-nos estavam vinte anos,  bem marcados nos auscultadores que usávamos.

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